II Assembleia Plenária da CEAST 2024

Discurso de Abertura

O Discurso de Abertura foi proferido por sua Excelência Reverendíssima Dom José Manuel Imbamba, Presidente da CEAST, que aproveitou o momento para, também, agradecer aos Prelados católicos de Angola e São Tomé, bem como toda comunidade Cristã pelo apoio e colaboração durantes os 3 anos de trabalho no seu mandato que termina com a Eleição do novo presidente da CEAST, neste sábado dia 28 de Setembro.
O Arcebispo da Arquidiocese de Saurimo, no seu discurso, deu a conhecer aos presentes que durante a Assembleia far-se-á a abertura Oficial do novo triénio (2024-2027) dedicado aos Ministros Ordinários e a Vida Consagrada. Ainda a apresentação dos Relatórios das Comissões Episcopais e da Secretaria geral da CEAST em fim de Mandato e a Eleição dos Órgãos da CEAST.
Num olhar voltado as questões Sociais, Dom Imbamba fez as seguintes questões: “As nossas consciências, estão mesmo tranquilas com o tipo de conhecimentos e políticas partidárias que estamos a defender e a difundir? Os nossos raciocínios estão mesmo ao serviço do bem das pessoas, da Pátria, da reconciliação, da justiça e da paz? Estamos mesmo a trabalhar afincadamente para a felicidade e realização de todos os Angolanos? As nossas inteligências e vontades estão mesmo ao serviço da verdade e do bem de todos?
As portas dos 50 anos de independência, não é chegada a hora de soltarmos a política e as inteligências das amarras e artimanhas partidárias para estarem simplesmente ao serviço do bem dos cidadãos e da pátria? Não é chegada a hora de enterrarmos de uma vez por todas a carga histórica negativa e vingativa que habita em nós e ofusca e condiciona a nossa acção política e o brilho das nossas realizações e da nossa reconciliação autentica? Não é chegada a hora de nos consagramos a análises objectivas do que científicas da nossa realidade, libertas da autocomplacência e revanchismos partidários. Não é chegada a hora de lançarmos novos sonhos, novos ideais e novas bases culturais, políticas e valorativas para uma Angola nova de todos e para todos? É normal partidarizarmos tudo? Pessoas, reflexões, Instituições, conhecimentos e pensamentos? É normal vivemos dos horripilantes actos de violência e de abuso contra menores e pessoas vulneráveis no ceio das famílias e noutras instituições, quando podemos e devemos fazer mais e melhor? É normal assistirmos impávidos a actos horrorosos contra a dignidade humana, praticados em nome de Deus e da religião e/ou a troco de dinheiro? É normal assistirmos à degradação dos nossos bons hábitos, usos e costumes, de sã convivência, diálogo, acolhimento, respeito mútuo, solidariedade e fraternidade? É normal vermos sem remorsos, os princípios básicos de ética e deontologia a serem pisoteados? A luz destas interrogações inquietantes, convido-vos a fazermos todos o nosso exame de consciência, a assumirmos contritos as nossas culpas, com o propósito de emenda e renovação.
Convido, as nossas lideranças políticas ou partidárias a nunca romperem as linhas de diálogo para os consensos que se impõem em prol do bem de todos, nesta hora todos somos necessários. De facto, urge a nossa renovação espiritual, cultural e política. Urge a necessidade da formação da consciência para cidadania. Urge a elevação da nossa autoestima enquanto cidadãos deste belo e acolhedor país.
Ao terminar Dom José Imbamba, cessante presidente da CEAST, reiterou os agradecimentos aos Bispos, a sua equipa e a todos os trabalhadores da CEAST, por estes 3 anos de trabalho conjunto.