Chamada de Dormição da Virgem no Oriente e de Assunção no Ocidente, respectivamente, a solenidade exprime o reflexo da glória das primícias da Igreja celeste e sinal de consolação e de segura esperança para a Igreja peregrina. Na "Munificentissimus Deus", a Constituição Apostólica da definição do Dogma da Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma ao Céu, em 1950, o Papa Pio XII explica a razão desta honra à nossa Senhora, dizendo: “Deus quis excetuar dessa lei geral a bem-aventurada Virgem Maria. Por um privilégio inteiramente singular, ela venceu o pecado com a sua concepção imaculada; e, por esse motivo, não foi sujeita à lei de permanecer na corrupção do sepulcro, nem teve de esperar a redenção do corpo até ao fim dos tempos.” Ora, a tradição litúrgica bizantina a celebra desde o século V, enquanto a romana data de meados do século VII, mas ambas sempre na mesma data: 15 de agosto. Por conseguinte, fundamentada na Sagrada Escritura, na tradição litúrgica do Oriente e do Ocidente e nos ensinamentos constantes dos santos e doutores da Igreja, a solenidade da Assunção reforça a esperança dos cristãos na própria ressurreição e é vista como estímulo à santidade e à unidade dos fiéis diante dos desafios dos nossos tempos caracterizada pela #ditadura_do_relativismo, assim o definiu Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI. Portanto, celebrar a Assunção — a elevação da Virgem Mãe ao Céu — é um apelo para voltarmos os nossos corações ao Alto, na esperança que não engana (Rm 5,5) e que é eterna. Lá, onde já não haverá morte, dor, choro, angústia nem tristeza, pois, amparados pelos braços misericordiosos de Deus, Ele enxugará todas as nossas lágrimas (Ap 21,4).