Vigília Pascal
A Vigília Pascal é a reafirmação comunitária da fé na ressurreição.É a celebração da vitória da vida sobre a morte. Depois de um dia de silêncio e meditação sobre a paixão e morte de Jesus, a comunidade cristã exulta de alegria pela Páscoa da ressurreição do Senhor.
R. Enviai o vosso Espírito Senhor,
e da terra toda a face renovai.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor! *
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
De majestade e esplendor vos revestis *
e de luz vos envolveis como num manto.
A terra vós firmastes em suas bases, *
ficará firme pelos séculos sem fim;
os mares a cobriam como um manto, *
e as águas envolviam as montanhas.
Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes *
que passam serpeando entre as montanhas;
às suas margens vêm morar os passarinhos, *
entre os ramos eles erguem o seu canto.
De vossa casa as montanhas irrigais, *
com vossos frutos saciais a terra inteira;
fazeis crescer os verdes pastos para o gado *
e as plantas que são úteis para o homem.
Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, *
e que sabedoria em todas elas!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas! *
Bendize, ó minha alma, ao Senhor! R.
Naqueles dias,
O Senhor disse a Moisés:
“Por que clamas a mim por socorro?
Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha.
Quanto a ti, ergue a vara,
estende o braço sobre o mar e divide-o,
para que os filhos de Israel caminhem
em seco pelo meio do mar.
De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios,
para que sigam atrás deles,
e eu seja glorificado às custas do Faraó,
e de todo o seu exército,
dos seus carros e cavaleiros.
E os egípcios saberão que eu sou o Senhor,
quando eu for glorificado às custas do Faraó,
dos seus carros e cavaleiros”.
Então, o anjo do Senhor, que caminhava
à frente do acampamento dos filhos de Israel,
mudou de posição e foi para trás deles;
e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem,
que estava na frente, colocou-se atrás,
inserindo-se entre o acampamento dos egípcios
e o acampamento dos filhos de Israel.
Para aqueles a nuvem era tenebrosa,
para estes, iluminava a noite.
Assim, durante a noite inteira,
uns não puderam aproximar-se dos outros.
Moisés estendeu a mão sobre o mar,
e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar
um vento leste muito forte; e as águas se dividiram.
Então, os filhos de Israel entraram
pelo meio do mar a pé enxuto,
enquanto as águas formavam como que uma muralha
à direita e à esquerda.
Os egípcios puseram-se a persegui-los,
e todos os cavalos do Faraó,
carros e cavaleiros os seguiram mar adentro.
Ora, de madrugada,
o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem,
sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico.
Bloqueou as rodas dos seus carros,
de modo que só a muito custo podiam avançar.
Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel!
Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”.
O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar,
para que as águas se voltem contra os egípcios,
seus carros e cavaleiros”.
Moisés estendeu a mão sobre o mar
e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga,
corriam ao encontro das águas,
e o Senhor os mergulhou no meio das ondas.
As águas voltaram e cobriram carros,
cavaleiros e todo o exército do Faraó,
que tinha entrado no mar em perseguição de Israel.
Não escapou um só.
Os filhos de Israel, ao contrário,
tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar,
cujas águas lhes formavam uma muralha
à direita e à esquerda.
Naquele dia,
o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios,
e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar,
e a mão poderosa do Senhor agir contra eles.
O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor
e em Moisés, seu servo.
Então, Moisés e os filhos de Israel
cantaram ao Senhor este cântico:
R. Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
1 Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória: *
precipitou no Mar Vermelho o Cavalo e o cavaleiro!
2 O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar, *
pois foi ele neste dia para mim libertação!
Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai e o honrarei. * R.
3 O Senhor é um Deus guerreiro o seu nome é “Onipotente”:
4 Os soldados e os carros do Faraó jogou no mar, *
seus melhore capitães afogou no mar Vermelho. R.
5 Afundaram como pedras e as ondas os cobriram. †
6 Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável! *
Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos! R.
7 Vosso povo levareis e o plantareis em vosso Monte, *
no lugar que preparastes para a vossa habitação,
no Santuário construído pelas vossas próprias mãos. *
8 O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos! R.
5 Teu esposo é aquele que te criou,
seu nome é Senhor dos exércitos;
teu redentor, o Santo de Israel,
chama-se Deus de toda a terra.
6 O Senhor te chamou,
como a mulher abandonada e de alma aflita;
como a esposa repudiada na mocidade,
falou o teu Deus.
7 Por um breve instante eu te abandonei,
mas com imensa compaixão volto a acolher-te.
8 Num momento de indignação,
por um pouco ocultei de ti minha face,
mas com misericórdia eterna compadeci-me de ti,
diz teu salvador, o Senhor.
9 Como fiz nos dias de Noé,
a quem jurei nunca mais inundar a terra,
assim juro que não me irritarei contra ti
nem te farei ameaças.
10 Podem os montes recuar e as colinas abalar-se,
mas minha misericórdia não se apartará de ti,
nada fará mudar a aliança de minha paz,
diz o teu misericordioso Senhor.
11 Pobrezinha, batida por vendavais, sem nenhum consolo,
eis que assentarei tuas pedras sobre rubis,
e tuas bases sobre safiras;
12 revestirei de jaspe tuas fortificações,
e teus portões, de pedras preciosas,
e todos os teus muros, de pedra escolhida.
13 Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor,
teus filhos possuirão muita paz;
14 terás a justiça por fundamento.
Longe da opressão, nada terás a temer;
serás livre do terror,
porque ele não se aproximará de ti.
Palavra do Senhor.